2-1-2009

 

 

 

Beatrix Heintze

 

Angola nos séculos XVI e XVII. Estudos sobre Fontes, Métodos e História

 

 

 

Beatrix Heintze: o seu longo caminho para Angola

 

A etnóloga alemã Beatrix Heintze, que trabalha há 40 anos em assuntos ligados à Angola dos sec. XVI e XVII, é pouco conhecida em Portugal e relativamente pouco citada. No entanto, este ano foi escolhida para correspondente da classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa. A partir da independência de Angola e após o fim da guerra civil, tem-se relacionado com gente de Luanda, onde agora foi editado este livro, republicando com acrescentos uma série de artigos que tinha publicado ao longo dos últimos decénios.

Sendo embora poliglota, a autora só deveria estar à vontade a redigir em alemão, o que dificultava algo a difusão da sua obra. Por isso, foi conhecida em Portugal, sobretudo através  de traduções para português, inglês e francês, nem sempre completas e, por vezes, indevidamente truncadas. Daí a utilidade deste livro que inclusive traduz para português alguns textos que apenas existiam em alemão. Só é pena que um mínimo de cooperação cultural luso-angolana não tenha permitido uma co-edição que tornasse o livro mais barato e não obrigasse uma obra, impressa em Viseu, a ser levada para Angola. Aliás, o livro não aparece à venda em Lisboa.

Valerá a pena folhear uma pouco a vida da autora, de que ela não faz segredo, pois publicou em 2007, na revista de que foi editora, a Paideuma, um extenso artigo autobiográfico com o título sugestivo de “O meu longo caminho para “Angola”.

Nasceu ela no início da guerra em Korneuburg, na Áustria, em 13 de Janeiro de 1939, filha de pais alemães. O seu pai Hans-Georg Heintze foi mobilizado para a guerra; feito prisioneiro dos russos em Estalinegrado, esteve vários anos dado como desaparecido e foi depois libertado apenas em 1955. A mãe, com dois filhos para criar, foi evacuada em 1944 para Leipzig, para junto dos pais dela.  O seu avô materno, Walter Cramer, foi preso dois dias após o atentado contra Hitler de 20 de Julho de 1944, condenado à morte e executado em 14 de Novembro de 1944; todos os seus bens foram confiscados. É hoje considerado um herói da luta contra o nazismo. B. Heintze escreveu vários textos sobre ele, depois da reunificação (Wiedervereinigung) da Alemanha, quando teve acesso à documentação existente em Leipzig. A sua memória é lembrada num monumento no Johanna-Park, em Leipzig, inaugurado em 1996.

Passando por dificuldades económicas, sua mãe enviou-a para junto dos avós paternos, em Hannover, já que era na altura ainda permitido passar a fronteira de leste para oeste aos menores de 14 anos. Ali acabou o Liceu (Abitur) na Primavera de 1959. A sua mãe gostaria de a ver seguir Direito. Mas a leitura de “Winnetou” de Karl May (1842-1912), seguida de outros livros sobre os indianos da América, deixou-a apaixonada pela Etnologia. Conseguiu autorização dos pais para se dedicar a este ramo, desde que estudasse ao mesmo tempo Filologia Românica, História e Filosofia.

Iniciou em Munique os estudos universitários no ano lectivo 1959/1960. Em Etnologia, trabalhou com Hermann Baumann que desviou a sua atenção para África central. Foram também seus professores Johannes W. Raum e László Vajda. Note-se que H. Baumann tinha feito investigação em Angola em 1930 e 1954 e publicado um livro sobre a Lunda.

No semestre do Verão de 1968, terminou B. Heintze o seu doutoramento com a tese “Besessenheitsphänomene im Mittleren Bantu-Gebiet”.

Não sendo fácil arranjar emprego como etnóloga, conseguiu ela um lugar no célebre Frobenius-Institut da Johann Wolfgang Goethe-Universität, em Frankfurt, dirigido por Eike Haberland; diz ela que o obteve primeiro por recomendação de H. Baumann, mas também porque agradara a Haberland um artigo que publicara no ano anterior ao doutoramento na revista Antropos, “Der südrhodesische dziva-Komplex”.

Ainda em 1968/1969, veio a Lisboa com uma bolsa da Fundação C. Gulbenkian e uma ajuda material do DFG (Deutsche Forschungsgemeinschaft), com o tema “Realeza em Angola”, sugerido por Haberland. Na altura, a guerra de libertação impedia a investigação no terreno em Angola; e o mesmo aconteceu depois de 1974, com a guerra civil. B. Heintze descobriu então em Lisboa a enorme massa de documentos existentes em relação aos primeiros séculos da ocupação de Angola. Diz ela que na altura era ainda uma “página em branco” para os portugueses, o que lhe permitia consultar à vontade toda a documentação existente. Constatou que tudo o que aqui se publicava sobre Angola tinha implícita ou explicitamente na base o ponto de vista do poder colonial. O comércio de escravos era e permaneceu por muitos anos um completo tabu. O trabalho de etnóloga que até ali se propusera levar a cabo, seria impossível. Teria de estudar as fontes existentes para construir uma base histórica. Nisso teve o apoio de Haberland.

Em 1 de Maio de 1969, mudou-se para Frankfurt e começou o seu trabalho como investigadora no Frobenius-Institut, onde permaneceria até 2004. O seu principal trabalho era a supervisão das publicações do Instituto. Neste âmbito, foi redactora, depois editora (após a morte de Haberland, em 1992), a seguir co-editora (com o novo director do Instituto, Karl Heinz-Kohl) da revista do Instituto Paideuma, Mitteilungen zur Kulturkunde  (números de 1971 a 1997) bem como da série de monografias Studien zur Kulturkunde (volumes 28 a 120 e 122). Em 1995, iniciou no Instituto uma nova série denominada “Afrika-Archiv”, dedicada à edição de fontes, difíceis de consultar ou na posse de privados.

De passagem, B. Heintze refere a maravilha que foi, no início dos anos 90, a chegada ao trabalho do PC, da Internet e do e-mail.

Como é evidente, B. Heintze vinha regularmente a Portugal recolher documentos e informação. Na Biblioteca da Ajuda, descobriu a volumosa colecção de manuscritos de Fernão de Sousa, inédita na sua quase totalidade, ainda que o P.e António Brásio tivesse transcrito um ou outro documento. Embora se refiram a um curto período da história de Angola, em que Fernão de Sousa foi Governador (1624 – 1630), contêm dados muito importantes para a história da colonização portuguesa do território, pois os dados da ocupação e da actividade económica (essencialmente, exportação de escravos) mantêm-se uniformes até ao início do sec. XIX. B. Heintze tomou a iniciativa de os transcrever para dois grossos volumes publicados na Alemanha em 1985 e 1988. Para isso, teve a colaboração da Dr.ª Maria Adélia Soares de Carvalho Mendes, anteriormente Leitora de Português na Universidade de Frankfurt. Encontrando-se já esgotados, os livros estão muito longe de ter esgotado a sua utilidade, até porque são muito pouco citados em Portugal. Aliás, a Biblioteca Nacional apenas tem o 1.º volume.

Finda a guerra civil em Angola, a autora tem desenvolvido os contactos com Luanda, e realça no seu artigo a amizade estabelecida, por exemplo, com Maria da Conceição Neto e com Rosa da Cruz e Silva, esta agora ministra da Cultura de Angola.

Em 2004, foi convidada a proferir palestras na Universidade Agostinho Neto, em Luanda. Ofereceram-lhe então um lugar de Professora Convidada, que ela declinou por “motivos pessoais”.

 

Sobre o livro agora publicado

 

O livro é muito útil porque põe à disposição do público que fala português a tradução de vários artigos publicados noutras línguas, incluindo alguns que apenas foram publicados em alemão. Um dos mais importantes é o do Capítulo 8.º, que trata das guerras do reino do Andongo (como o chamavam os portugueses) e da sua decadência. O original de 76 páginas, publicado na Paideuma n.º 27, de 1981, foi parcialmente traduzido para português num artigo de 50 páginas, da Revista internacional de estudos africanos, no 1.º semestre de 1984, que não satisfaz de modo nenhum.  Infelizmente na tradução agora apresentada do mesmo artigo, também não foram adicionadas nas notas de roda-pé as referências, nos volumes das Fontes publicados em 1985 e 1988, das citações dos manuscritos de Fernão de Sousa na Biblioteca da Ajuda. Apenas foi adicionada tal referência nalgumas notas (por ex. as n.ºs 176, 177, 178, 216, 217, 219, 309, 353, etc.). Eu esperaria que essas referências fossem adicionadas em todas…

Também se sente a falta de índices onomásticos e de locais, a final, que seriam muitos úteis.

A tradução de Marina Santos é razoável, embora nem sempre facilite a vida ao leitor. Assim, como meros exemplos:

übersee = ultramar não diz de que se trata. Refere-se à América portuguesa (em especial, ao Brasil), do outro lado do Atlântico. Seria preferível dizer além-mar.

- Uma deslocação da questão do "se" para a questão do "quem": Não se percebe de que se trata: "a deslocação da questão "se" para a questão "quem", (tal como na tradução francesa) é mais correcto.

 

Conteúdo do livro

Os títulos indicados em maiúsculas são repetidos na lista de publicações de Beatrix Heintze que possuo, indicadas a seguir, onde a referência está completa.

 

Angola nos séculos XVI e XVII. Estudos sobre Fontes, Métodos e História, de Beatrix Heintze. Luanda: Kilombelombe 2007, 633 pp., 12 mapas, 39 figuras, 5 fotografias a preto e branco e 14 estampa a cores.

 

          Prefácio.

 

O livro é basicamente a tradução dos STUDIEN ZUR GESCHICHTE ANGOLAS IM 16. UND 17. JAHRHUNDERT -  EIN LESEBUCH, mas reproduzindo os estudos originais no livro contidos, bem como as notas de referência.   Foi excluído o texto do último capítulo, L'ARRIVÉE DES PORTUGUAIS A-T-ELLE SONNÉ LE GLAS DU ROYAUME DE NDONGO? LA MARGE DE MANOEUVRE DU NGOLA 1575 – 1671 e acrescentada a tradução dos textos do Cap. 13 - NGONGA A MWIZA: UM SOBADO ANGOLANO SOB DOMÍNIO PORTUGUÊS NO SÉCULO XVII e no Cap. 2, WRITTEN SOURCES AND AFRICAN HISTORY: A PLEA FOR THE PRIMARY SOURCE. THE ANGOLAN MANUSCRIPT COLLECTION OF FERNÃO DE SOUSA. Os textos foram revistos para esta edição portuguesa.

 

          Parte I: Fontes e crítica de fontes.

              1.    As fontes da História pré-colonial de Angola ou A maravilhosa viagem dos Jaga através dos séculos;

 

“As fontes da história” provêm da primeira parte de WRITTEN SOURCES AND AFRICAN HISTORY: A PLEA FOR THE PRIMARY SOURCE. THE ANGOLAN MANUSCRIPT COLLECTION OF FERNÃO DE SOUSA; “A maravilhosa viagem dos Jaga” de um manuscrito publicado com o título THE EXTRAORDINARY JOURNEY OF THE JAGA THROUGH THE CENTURIES: CRITICAL APPROACHES TO PRECOLONIAL ANGOLAN HISTORICAL SOURCES.

 

              2.    As fontes escritas e a História de África: uma defesa das fontes primárias. A Colectânea Documental de Fernão de Sousa sobre Angola;

 

Este capítulo provém também de WRITTEN SOURCES AND AFRICAN HISTORY: A PLEA FOR THE PRIMARY SOURCE. THE ANGOLAN MANUSCRIPT COLLECTION OF FERNÃO DE SOUSA.

 

              3.    Problemas de interpretação de fontes escritas. Os regimentos portugueses para a política de Angola no século XVII;

 

O texto provém de „Probleme bei der Interpretation von Schriftquellen. Die portugiesischen Richtlinien zur Angola-Politik im 17. Jahrhundert als Beispiel”, in Rainer Voßen e Ulrike Claudi (eds.), Sprache, Geschichte und Kultur in Afrika, Hamburg. Buske, 1983, pags. 131.161.

 

              4.    As traduções como fontes históricas;

 

Texto algo redigido a partir de TRANSLATIONS AS SOURCES FOR AFRICAN HISTORY.

 

              5.    A obra de António de Oliveira de Cadornega: uma fonte extraordinária para a História e Etnografia de Angola no século XVII.

 

Versão revista do artigo “António de Oliveira de Cadornegas Geschichtswerk über Angola : Eine aussergewöhnliche Quelle des 17. Jahrhunders”, Paideuma, No. 42, 1996, pages 85-104. Stuttgart e baseada parcialmente também em ANTÓNIO DE OLIVEIRA DE CADORNEGA E A SUA “HISTÓRIA GERAL DAS GUERRAS ANGOLANAS”, UM HISTORIADOR E ÉTNOGRAFO DO SEC. XVII, NATURAL DE VILA VIÇOSA.

 

         Parte II: Para a História do Século XVI;

              6.    O Estado do Ndongo no século XVII;

 

É uma versão reduzida e revista do artigo "Unbekanntes Angola: Der Staat Ndongo im 16. Jahrhundert", in: Anthropos 72, 1977, Pags. 749-805.

 

              7.    A política económica e de colonização portuguesa em Angola de 1570 a 1607;

 

Versão redigida do artigo DIE PORTUGIESISCHE BESIEDLUNGS- UND WIRTSCHAFTSPOLITIK IN ANGOLA 1570-1607, publicado em edição inglesa com o titulo ANGOLA UNDER PORTUGUESE RULE : HOW IT ALL BEGAN. SETTLEMENT AND ECONOMIC POLICY 1570 – 1607

 

         Parte III: Aspectos da História do século XVII;

              8.    O fim do Ndongo como Estado independente (1617-1630);

 

Texto publicado na origem com o título DAS ENDE DES UNABHÄNGIGEN STAATES NDONGO (ANGOLA). NEUE CHRONOLOGIE UND REINTERPRETATION (1616 - 1630). Foi publicada uma infeliz versão truncada em português com o título ANGOLA NAS GARRAS DO TRÁFEGO DE ESCRAVOS: AS GUERRAS DO NDONGO.

 

              9.    O contrato de vassalagem afro-português em Angola no século XVII;

 

O original foi "Der portugiesische-afrikanische Vasallenvertrag in Angola im 17. Jahrhundert", in: Paideuma 25, 1979, S. 195-223. Há uma tradução inglesa com o título THE ANGOLAN VASSAL TRIBUTES OF THE 17 TH CENTURY.

 

           10. Os tributos angolanos no século XVII;

 

O original intitula-se THE ANGOLAN VASSAL TRIBUTES OF THE 17 TH CENTURY.

 

              11. O comércio de “peças” em Angola. Sobre a escravatura nos primeiros cem anos da ocupação portuguesa;

 

Versão trabalhada de TRAITE DE 'PIECES' EN ANGOLA: CE QUI N'EST PAS DIT DANS NOS SOURCES. DE L'ESCLAVAGE DURANT LE PREMIER SIECLE DE L'OCCUPATION PORTUGAISE

 

              12. Asilo ameaçado: Oportunidades e consequências da fuga de escravos em Angola no século XVII;

 

O texto original foi “Gefährdetes Asyl: Chancen und Konsequenzen der Flucht angolanischer Sklaven im 17. Jahrhundert", in: Paideuma 39, 1993, S. 321-341.  Publicado em tradução portuguesa em Luanda com o título ASILO AMEAÇADO: OPORTUNIDADES E CONSEQUÊNCIAS DA FUGA DE ESCRAVOS EM ANGOLA NO SÉCULO XVII. A redacção final publicada no livro é de Marina Santos. Foi publicada uma versão francesa: "Asiles toujours menacés: fuites d'esclaves en Angola au XVIIe siècle", in: Katia de Queirós Mattoso (Hrsg.): Esclavages. Histoire d'une diversité de l'océan Indien à l'Atlantique sud. Paris und Montreal: L'Harmattan, 1997, S. 101-122. 

 

              13. Ngonga a Mwiza: Um sobado angolano sob domínio português no século XVII;

 

Originalmente publicado como NGONGA A MWIZA: UM SOBADO ANGOLANO SOB DOMÍNIO PORTUGUÊS NO SÉCULO XVII . No livro com pequenas alterações.

 

          Parte IV: Um pouco de História da Cultura

          14.A cultura material dos Mbundu segundo as fontes dos séculos XVI e XVI.

 

Versão revista do artigo A CULTURA  DOS AMBUNDOS DE ANGOLA SEGUNDO AS FONTES DOS SÉCULOS XVI E XVII

 

 

Textos que possuo de Beatrix Heintze

 

ARTIGOS

 

1 - Beatrix Heintze

The Angolan vassal tributes of the 17 th century   In: Revista de História Económica e Social. - nº 6 (1980), p. 57-78

 

2 - Beatrix Heintze

Angola nas garras do tráfego de escravos : as guerras do Ndongo In: Revista internacional de estudos africanos. - N.º 1 (Janeiro-Junho 1984), pp. 11 – 61

 

3 - Beatrix Heintze

Asilo ameaçado: oportunidades e consequências da fuga de escravos em Angola no século XVII  tradução e redacção de Maria da Conceição Neto. - Luanda : Ministério da Cultura, Museu Nacional da Escravatura, 1995. - p. 21

 

4 - Beatrix Heintze

Ethnographic appropriations : German exploration and fieldwork in West-Central África. - Contém bibliografia.
In: History in África : a Journal of Method. - Vol. 26 (1999), p. 69-128 – Separata n.º 247 do IICT, LIsboa, 2002 972-672-899-1

 

5 - Beatrix Heintze

Historical notes on the Kisama of Angola In: The Journal of Áfrican History / Cambridge University Press. - T. 13, fasc. nº 3 (1972), p. 407-418

 

6 - Beatrix Heintze

Luso-african feudalism in Angola ? - Coimbra : S.N., 1980. - 20p. . - Revista portuguesa de História, tomo 18 , 1980,- p. 111-131
 

7 - Beatrix Heintze

Ngonga a Mwiza : um sobado angolano sob domínio português no século XVII  Tradução da introdução por Maria da Conceição Pires, controlo da transcrição do texto por Maria Adélia de Carvalho Mendes. In: Revista Internacional de Estudos Áfricanos / dir. Jill R. Dias. - Lisboa : Instituto de Investigação Científica Tropical. - Nº 8-9 (1988), p. 221-233

 

8 - Beatrix Heintze

Traite de "Pieces" em Angola : Ce qui n'est pas dit dans nos Sources / Beatrix Heintze. - Nantes : S.N., 1985. - p. 147-172. - Actas du Colloque International su la Traite des Noires, tome I

 

9 - Beatrix Heintze

Translations as sources for african history, in History in Africa, 11 (1984), 131-161

 

10 - Beatrix Heintze

“L’arrivée des Portugais a-t-elle sonné le glas du Royaume de Ndongo ? La marge de manœuvre du Ngola 1575 – 1671 », in Studia, 67/57, 2000 117-146

 

11 - Beatrix Heintze

« Angola under portuguese rule : How it all began. Settlement and economic policy 1570 – 1607”, in Ana Paula Tavares und Catarina Madeira Santos (Org.): Africae Monumenta – A apropriação da escrita pelos africanos, Lisboa , IICT 2002, pags. 535-561

 

12 - Beatrix Heintze

Written Sources and African History: A Plea for the Primary Source. The Angola Manuscript Collection of Fernao de Sousa, in History in Africa, Vol. 9, 1982 (1982), pp. 77-103

 

13 - Beatrix Heintze, 1939 –

Contra as teorias simplificadoras: o canibalismo na antropologia e história de Angola,  in

Portugal não é um País pequeno: contar o império na pós-colonialidade, organização de Manuela Ribeiro Sanches, Lisboa, 2006, pags. 215-228.

 

14 - Beatrix Heintze, 1939 –

Vestígios de um passado remoto: Fernão de Sousa em Vila Viçosa, in CALLIPOLE, n.º 1, 1993, pags. 35-47

 

15 - Beatrix Heintze, 1939 –

Wer war der “König von Banguela“? In memoriam António Jorge Dias, Lisboa, Instituto de Alta Cultura, 1974, 3 vols. - No 1.º vol., pags. 185-202

 

16 - Beatrix Heintze, 1939 –

Oral Tradition: Primary Source Only for The Collector? in History in Africa, Vol. 3, 1976, pp. 47-56

 

17 - Beatrix Heintze, 1939 –

References in the Humanities: Strategies of Being Open. Being Obscure and Being Misleading

in History in Africa, Vol. 27, 2000, pp. 437-442

 

18 - Beatrix Heintze, 1939 –

Mein langer Weg nach “Angola” in Paideuma, vol. 53 (2007) pp. 7-26

 

19 - Beatrix Heintze, 1939 –

The extraordinary journey of the Jaga through the centuries: critical approaches to precolonial Angolan historical sources*

in History in Africa, Vol. 34, 2007, pp. 67-101

  

20 - Beatrix Heintze, 1939 –

A lusofonia no Interior da África Central na Era pré-colonial. Um contributo para a sua História e Compreensão na Actualidade,

in Cadernos de Estudos Africanos, 7/8 Julho de 2004/Julho de 2005: 179-207

 

21 - Beatrix Heintze, 1939 –

Die portugiesische Besiedlungs- und Wirtschaftspolitik in Angola  1570-1607. In Aufsätze zur portugiesischen Kulturgeschichte 17 (1981-1982): 200-219

 

22 - Beatrix Heintze, 1939 –

"Das Ende des unabhängigen Staates Ndongo (Angola): Neue Chronologie und Interpretation (1617-1630)“, jn Paideuma. 27, 1981, pages 197-273. Stuttgart

 

23 - Beatrix Heintze, 1939 –

António de Oliveira de Cadornega e a sua “História Geral das Guerras Angolanas”, Um Historiador e Étnografo do Sec. XVII, natural de Vila Viçosa, in Callipole, n.º 3/4, 1995/1996, pags. 75-86, tradução e adaptação do Prof. Doutor Olívio Caeiro.

 

24 - Beatrix Heintze, 1939 –

Colonial ambitions as blind passengers : the case of german explorers in West-Central África : 1873-1886

In: A África e a instalação do sistema colonial - c.1885- c.1930 : III reunião international de história de África : actas. - dir. Maria Emilia Madeira Santos. - Lisboa : Centro de estudos de História e cartografia antiga, 2001. - p. 19- 30

 

25 - Beatrix Heintze, 1939 –

Representações visuais como fontes historicas e etnograficas sobre Angola

in: Construindo o passado angolano : as fontes e a sua interpretação - actas do II seminário internacional sobre a história de Angola / pref. Jill R. Dias, Rosa Cruz e Silva. - [S.l.] : Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 2000. - p. 187-236

 

26 - Beatrix Heintze, 1939 –

In pursuit of a chameleon : early ethnographic photography from Angola in context in: History in Africa 17 (1990), pags. 131-156

 

27 - Beatrix Heintze, 1939 –

A cultura  dos Ambundos de Angola segundo as fontes dos séculos XVI e XVII

in:  Revista internacional de estudos africanos. - ISSN 0871-2344, nº 10/11 (1989), p. 15-63, il.

 

28 - Beatrix Heintze, 1939 –

Written Sources, Oral Traditions and Oral Traditions as written Sources - The Steep and Thorny Way to Early Angolan History in Paideuma, vol. 33 (1987) pp. 263 - 287

  

29 - Beatrix Heintze

Deutsche Forschungsreisende im westlichen Zentralafrika des 19. Jahrhunderts

Online: http://www.ifeas.uni-mainz.de/workingpapers/Heintze.pdf

  

LIVROS

 

Beatrix Heintze, Studien zur Geschichte Angolas im 16. Und 17. Jahrhundert, Ein Lesebuch, Köln, Rüdiger Köppe, 1996.

 

Beatrix Heintze, Pioneiros Africanos. Caravanas de carregadores na África Centro-Ocidental (1850-1890), Editorial Caminho, Lisboa, 1.ª edição, 2005, Colecção Estudos Africanos, Tradução de Marina Santos, ISBN 972-21-1670-3

 

Fontes para a história de Angola do século XVII, I / Beatrix Heintze (Ed.), colab. Maria Adélia de Carvalho Mendes. –

Stuttgart : Franz Steiner Verlag Wiesbaden, 1985. - 419 p. : mapas, quadros. - Studien zur Kulturkunde. 75). - Memórias, relações e outros manuscritos da colectânea documental de Fernão de Sousa

 

Fontes para a história de Angola do século XVII, II / Beatrix Heintze (Ed.), colab. Maria Adélia de Carvalho Mendes. –

Stuttgart : Franz Steiner Verlag Wiesbaden, 1988. - 430 p. : fotos, quadros. - Studien zur Kulturkunde. 88). - Cartas e documentos oficiais da colectânea documental de Fernão de Sousa

 

Beatrix Heintze, Angola nos séculos XVI e XVII. Estudos sobre Fontes, Métodos e História, Luanda: Kilombelombe 2007, 633 pp.

 

Beatrix Heintze, EXPLORADORES  ALEMÃES  EM  ANGOLA (1611-1954),  Apropriações etnográficas entre comércio de escravos, colonialismo e ciência, Tradução de Rita Coelho-Brandes e Marina Santos, 479 p., 14 fotografias, 2 mapas; publicação provisória online 2010 esperando a publicação do livro em Angola

 

Lista completa das publicações de Beatrix Heintze, aqui